INTRODUÇÃO AOS ATRIBUTOS DE DEUS
Romanos 11.33-36
Podemos conceituar Deus? Podemos explicar o que Deus é em perfeição? Não
podemos dissecar Deus como se faz a um cadáver e explicar todos os pormenores
se Sua Pessoa. O finito não pode compreender o Infinito. Foi o que Paulo
declarou em Romanos 11.33-36 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria
como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser
restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A
ele, pois, a glória eternamente. Amém!”.
No entanto, dentro de nossa incapacidade, finitude e ignorância o próprio Deus
nos mostra uma partícula de quem Ele é. Através de seus atributos – ou aquilo
que Ele nos permite saber – podemos ter uma idéia de Sua Magna Pessoa.
Para que é importante conhecer os atributos de Deus? Quero dar quatro razões
simples:
(1) Conhecendo os atributos de Deus saberemos um pouco quem Ele é, Seu caráter,
pensamento e vontade;
(2) Conhecendo a Deus como
Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração bíblica;
(3) Estaremos mais preparados
para fazer uma apologia da nossa fé e ficarmos imunes quando as distorções
heréticas surgidas no presente século;
(4) Poderemos ajudar a tantos
que estão incorrendo em erro grave abraçando as mais diversas heresias e
distorções sobre a Pessoa de Deus.
O que é um atributo? ATRIBUTO:
(do latim «attribuo») Propriedade inerente ao sujeito sem a qual este não pode
existir nem ser concebido. Na filosofia Aristóteles distinguia entre atributo e
acidente. Descartes considerava os atributos como propriedades fundamentais da
substância. Spinoza entendia que a extensão e o pensamento são atributos da
substância única. Segundo os materialistas franceses do século 18, são
atributos da matéria à extensão e o movimento; alguns (Diderot, Robinet)
incluíam, ainda, o pensamento.
Na teologia, Berkhof, por exemplo, diz que: “os atributos de Deus podem ser
definidos como as perfeições que constituem predicativos do Ser Divino na
Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas obras de criação,
providência e redenção”. Embora prefira o termo “virtude” ou “perfeições” ao
invés de atributos, pois acha que “atributo” pode transmitir a noção de se
acrescentar algo ao Ser Divino. (Berkhof, 1994:54)
Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos com respeito ao número de
atributos de Deus. Alguns falam de atributos naturais e atributos morais,
outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou
intransitivos e emanentes ou transitivos. A mais comum é entre atributos
comunicáveis e incomunicáveis. Não vamos seguir nenhum padrão pré-estabelecido,
trataremos de forma geral sobre os atributos de Deus, no final estarei
indicando alguns livros que podem auxiliar num estudo mais aprofundado sobre o
tema.
Vejamos, agora, um resumo dos vários atributos relacionados nas Escrituras:
OS ATRIBUTOS DE DEUS
PROPRIAMENTE DITOS
1 – SINGULARIDADE E
SIMPLICIDADE: Deus não é composto de partes, pois toda
composição implica imperfeição. O composto depende, necessariamente, dos
elementos que o constituem. Deus é, portanto, perfeitamente simples. Um
atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de
Deus. Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade.
Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus. Simplicidade:
Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus
atributos são enfatizados em momentos diferentes. Sendo infinitamente simples,
Deus é infinitamente uno e indivisível. Mas é também absolutamente único. Supor
dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo. Dois Deuses seriam
idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam
ser ambos infinitamente perfeitos. 1Re 8.60; Dt 6.4; Mc 12.29, 32; 1Co 8.6; 1Tm
2.5; Jo 17.3; Ef 4.6.
2 – INFINIDADE E
IMENSIDADE: Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser,
pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe
além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado. Ele
“habita em luz inacessível” (1Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos
caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11.33). Deus é infinito, ilimitado,
ilimitável. “Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de
longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o
Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23.23-24).
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se
subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás
também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda
lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”. Sl 139.7-10
3 – ETERNIDADE:
Sendo infinito, Deus não tem começo nem fim. Só possuem duração limitada os
seres imperfeitos. Deus, sendo infinitamente perfeito, é eterno. Não tem
passado, futuro, nem presente. A eternidade é um atributo relacionado com a
imutabilidade de Deus nos aspecto que o tempo não pode acrescentar ou tirar
alguma coisa d'Ele, não pode aumentar nem diminuir o Seu conhecimento. Ele,
porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo. “Senhor, tu tens sido
o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se
formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Sl 90.2
4 – INTELIGÊNCIA:
Sendo tudo, em Deus, infinito, sua inteligência e sua ciência são também
infinitas. Para saber, Ele não precisa raciocinar. Tudo vê e conhece. “... quem
primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
5 – VONTADE:
A vontade divina não possui limites e é livre de todo obstáculo. Deus basta
querer para fazer. Age com absoluta independência e sem contradição. “Todos os
moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele
opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa
deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Dn 4.35.
6 – SABEDORIA: A
inteligência infinitamente perfeita de Deus gera a sabedoria absoluta que O faz
empregar os meios mais eficazes para os fins mais dignos. Deus Tudo governa com
inteligência, segurança e ordem.
7 – BONDADE:
Deus é amor infinito e perfeito. Deus é bom em si mesmo; absolutamente nada lhe
pode ser acrescentado ou melhorado, pois ele não é incompleto ou defeituoso.
Ele é o Sumo bem para suas criaturas; a fonte de todo bem. Sua bondade se
manifesta para todas as suas criaturas, pois é a perfeição que o leva a tratar
benévolo e generosamente todas as suas criaturas. Este atributo de Deus implica
que Ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e tudo o que Ele é e faz é digno
de aprovação. Gn 1.31; Sl 145.9, 15-16; Sl 100.5; Sl 106.1; Lc 18.18-19; Rm
12.2; Tg 1.17; 1Jo 1.5; At 14.17.
8 – JUSTIÇA:
Sendo em grau infinito, inteligente, sábio e bom, Deus é justo. Possuindo
santidade absoluta que é ordem do amor, Ele age com justiça infinitamente
perfeita. Por isso, pune o mal e recompensa o bem. Deus sempre age segundo o
que é justo, e que Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo. Dt 32.4:
“Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são
justos; Deus é fiel e sem iniqüidade; justo e reto é ele”. Outras referências:
Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3.4; Ap 16.5; Dt 32.4;
Rm 3.25-26; Jó 40.2,8; Rm 9.20,21.
9 – AUTO-EXISTÊNCIA:
Esta é uma característica unicamente de Deus. “O Deus que fez o mundo e tudo o
que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários
feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma
cousa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo
mais” Atos 17.24-25). Deus é auto-suficiente. Ele não precisa de nada nem de
ninguém para ser que é ou fazer o que fez e faz. Deus é absolutamente
independente de tudo fora de Si, mesmo para continuidade e perpetuidade de seu
Ser. Deus é a causa de todas as coisas, sem ser causado.
10 – IMUTABILIDADE OU
INALTERABILIDADE: Toda mudança constitui um progresso ou uma
decadência. Só mudam e se transformam os seres imperfeitos. Sendo
necessariamente perfeito, Deus é imutável, isto é, permanece idêntico a si
mesmo, sem nenhuma mudança ou variação. (Ap 22.13; Is 44.6). É o mesmo Deus,
único e verdadeiro. Ele não somente é; Ele é o que é, sempre. Nada muda n’Ele.
(Hb 1.10-12). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do
Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”. Tg
1.17. “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Ml 3.6
11 – ONIPRESENÇA:
Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto no
espaço com todo o seu ser; Ele porém, age de modos diversos em lugares
diferentes. Deus não está em todos os lugares no mesmo sentido; isto é, a
manifestação d’Ele é maior nos céus sua habitação, porém sua manifestação no
inferno se dá de maneira punitiva, por exemplo. Deus não tem dimensões
espaciais, Ele é o nosso ambiente mais próximo. Seu centro está em todos os
lugares; Sua circunferência não está em lugar algum. “Sou eu apenas Deus de
perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em
esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu
o céu e a terra? diz o Senhor”. Jr. 23.23-24 e ainda Sl. 139.7-10
12 – PRESCIÊNCIA:
Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada,
não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está
relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas. A presciência
de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele
decretou o que há de ser. Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele
mesmo elegeu. Rm 8.28-29; 1Pe 1.2. A palavra “presciência” em grego:
“prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”. Quando este termo é usado
com relação a Deus significa frequentemente “olhar com amor”. “Rebeldes fostes
contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci”. Dt 9.24. “De todas as
famílias da terra, somente a vós outros conheci (escolhi); portanto, eu vos
punirei por todas as vossas iniqüidades”. Am 3.2 (grifo nosso). “Conhecer”
significa amar. “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. Mt 7.23. (Jo 10.14; 1Co
8.3; 2Tm 2.19; Rm 8.29-30; 11.22).
13 – SOBERANIA OU
SUPREMACIA: Deus o supremo criador do universo não pode e
jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação.
Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens,
dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação. “Tua é, ó Senhor,
a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é
tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste
como chefe sobre todos”. 1Cr 29.11 Como bem expressa A. W. Pink:
● Deus é soberano no exercício de Seu poder – Ex 17.16; 1Cr 29.11-12; Dn
2.22-21.
● Deus é soberano na
delegação de Seu poder a outros – Dt 8.18; Sl 29.11; Dn 2.23.
● Deus é soberano no exercício de Sua misericórdia – João 5.1-9.
● Deus é soberano no
exercício de Sua graça – Rm 9.19-24; Rm 11.5-6; Ef 2.4-10.
● Deus é soberano no domínio
das nações – 2Cr 20.6; Sl 10.16; Ap 19.6; Pv 21.1; Dn 4.35.
14 – SANTIDADE:
A santidade de Deus traça o padrão que seu povo deve imitar. “Fala a toda a
congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o
Senhor vosso Deus, sou santo”. Lv 19.2 O Deus bíblico é tanto santo como
amoroso, em unidade inseparável em cada pessoa da Triunidade. A santidade de
Deus é central em seu ser, sendo especialmente destacada no Antigo Testamento
(Lv 11.44; 19.2; Js 24.19; 1Sm 6.20; Sl 22.3; Is 57.15). A santidade de Deus
indica que ele é absolutamente puro e perfeito, sem qualquer pecado ou maldade;
seu próprio ser é o resplendor e o derramamento da pureza, da verdade, da
justiça, da retidão, da bondade e de toda perfeição moral.
15 – IRA:
Deus odeia intensamente o pecado, e isto está associado à santidade e a justiça
de Deus. Ele se opõe a tudo que vai contra o seu caráter moral. “Lembrai-vos e
não vos esqueçais de muito provocastes à ira do Senhor, vosso Deus no deserto;
desde o dia em que saíste da terra do Egito, até que chegaste a este lugar,
foste rebelde contra o Senhor; pois, em Horebe, tanto provocastes a ira ao
Senhor, que a ira do Senhor se acendeu contra vós para vos destruir” (Dt 9.7-8)
Um exemplo da ira divina encontra-se na execução do dilúvio nos dias de Noé (Gn
6-8)
16 – ONIPOTÊNCIA:
Isto é claramente expresso na pergunta: “Acaso para Deus há coisa
demasiadamente difícil?”, feita depois de Deus ter prometido a Abraão e Sara um
filho em idade avançada – Gn 18.14, e repetida novamente com sua promessa de
restaurar e libertar a Jerusalém face a sua destruição iminente pelo exército
babilônico – Jr 32.27. Em ambos os casos a promessa divina foi cumprida à
risca. O Novo Testamento contém igualmente um testemunho semelhante quanto à
onipotência de Deus. Ele se revela como o Deus para quem “nada é impossível”. (Gn 17.1; 18.14; Sl 24.8; 33.9; 89.13; 115.3; Hb 1.3; Ef 3.20,21; Sl 24.8;
Jr 32.27; 2Co 6.18; Ap 1.8; Lc 1.37; Mt 19.26; Tt 1.2; Hb 6.18; 2Tm 2.13; Tg
1.13, 17).
17 –
ONISCIÊNCIA: Esta perfeição está intimamente ligada à sua onipresença (Sl
139.1-12). As implicações práticas são semelhantes e perturbadoras, mas trazem
ao mesmo tempo segurança: Deus vê e, portanto, tudo sabe. Isso é, em especial,
pertinente ao juízo, sendo simbolicamente expresso pela “abertura dos livros”
(Ap 20.12).
18 – AMOR: “Deus
é amor” (1Jo 4.8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus. Nos contextos
humanos, porém, o amor inclui uma considerável variedade de atitudes e atos. Em
relação a Deus, trata-se de uma idéia muito específica. “Nisto consiste o
amor... em que... enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” 1Jo
4.10; “Nisto se manifestou o amor de Deus... em haver Deus enviado o
seu Filho unigênito ao mundo” 1Jo 4.9. O termo agapê aqui presente tem
comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento. A palavra grega comum,
eros, fala de um amor associado a alguém digno, enquanto agapê é o amor pelos
indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção do amado. O amor de
Deus, agapê, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que
está ligado a isso.
19 – MISERICÓRDIA:
É o exercício do amor de Deus para com os aflitos e angustiados. A diferença
básica entre graça e misericórdia é que aquela vê os homens pecadores culpados
e condenados, concedendo perdão, enquanto que esta os vê miseráveis e
necessitados, agindo afetuosamente para com eles, ou seja, concedendo alívio. É
proveitoso afirmar que a misericórdia é uma extensão da graça de Deus. (2Sm
24.14; Mt 9.27; 2Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11). “E depois de tudo o que nos
tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda
assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas
iniqüidades, e ainda nos deixaste este remanescente…” Ed 9.13.
20 – PACIÊNCIA:
É o poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, agindo complacentemente
para com o ímpio, detendo por um tempo o castigo que este merece. Este
atributo, ainda que beneficie a criatura, concerne, no entanto a Deus, pois é o
poder que ele controla sua ira, adiando o julgamento, continuando a oferecer
salvação e graça por longos períodos. Nm 1.3; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20;
2Pe 3.9; Tg 1.19; Jn 4.21; Sl 103.8-9. Que seria dos “Pedros” se Deus não fosse
paciente?
IMPLICAÇÕES DO ESTUDO DOS
ATRIBUTOS: De que nos serve sabermos sobre os atributos de
Deus? Em que mudaria a nossa vida tudo que estudamos até agora sobre a pessoa
de Deus? Além das razões que eu mencionei na introdução, é imprescindível nos
dias de hoje que os atributos de Deus estão ligados com a maneira como nós O
servimos. Se eu não conheço a Deus como posso adorá-lo? Amá-lo? Servi-lo? Orar?
Senão, vejamos:
Se Deus é SINGULAR,
então não posso me associar a nenhum outro deus;
Se Deus é INFINITO,
então Ele é maior que minha própria vida;
Se Deus é ETERNO,
então podemos confiar nEle em qualquer tempo;
Se Deus é INTELIGENTE,
então posso confiar em suas decisões a meu respeito;
Se Deus tem VONTADE,
então eu preciso descobrir a Sua vontade para minha vida;
Se Deus é SÁBIO,
então preciso dEle na minha ignorância;
Se Deus é BOM,
então em Suas mãos estarei seguro;
Se Deus é JUSTO,
então entregarei a Ele as injustiças por mim sofridas;
Se Deus é AUTO-EXISTENTE,
não precisa de mim, mas eu preciso dEle;
Se Deus é IMUTÁVEL,
então a minha fé pode descansar em
Seu Ser;
Se Deus é ONIPRESENTE,
então não preciso fazer peregrinações para locais “santos” para encontrá-Lo;
Se Deus possui PRESCIÊNCIA,
então eu sei que Ele me amou antes da fundação do mundo;
Se Deus é SOBERANO,
então nada pode pegá-lo de surpresa, até mesmo as piores calamidades;
Se Deus é SANTO,
então preciso buscar a santidade, pois Ele me diz: “Sede santo”;
Se Deus se IRA,
então preciso entender que não posso pecar contra Ele;
Se Deus é ONIPOTENTE,
então porque me preocupo com os meus problemas mais do que deveria?;
Se Deus é ONISCIENTE,
então não posso enganá-Lo em momento algum;
Se Deus é AMOR,
então posso crer em seu perdão;
Se Deus é MISERICÓRDIA,
então eu sei que, embora exista o inferno, ele não é para mim;
Se Deus é PACIENTE,
então sabe qual o melhor momento para agir.
Antônio Pereira Jr.
oapologista@yahoo.com.br
SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER
(Somente a Deus damos a glória agora e sempre)
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
A. W. PINK, Deus é Soberano. Editora Fiel.
A. W. PINK, Os Atributos de Deus. Editora Fiel.
CHARLES HODGE, Teologia Sistemática. Editora Hagnos.
COLIN BROWN, (Org.) Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento.
Vida Nova. (2 volumes).
E. H. BANCROFT, Teologia Elementar. Editora Batista Regular.
HERMANN BAVINCK, Teologia Sistemática. Socep.
LEWIS SPERRY CHAFER, Teologia Sistemática: Volumes 1, 2 e 3. Imprensa Batista
Regular.
LOUIS BERKHOF, Teologia Sistemática. Editora Luz para o Caminho.
MILLARD J. ERICKSON, Introdução à Teologia Sistemática. Vida Nova.
MYER PERLMAN, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Vida.
WAYNE GRUDEM, Teologia Sistemática. Vida Nova.
WAYNE H. HOUSE, Teologia Cristã em Quadros. Editora Vida.